Música aumenta vendas! Você já parou para pensar no quanto a música pode influenciar o nosso comportamento a ponto de termos a vontade de fazer compras? A atitude não é surpreendente devido à expressiva influência da arte em nossa mente ao ativar diversas áreas do nosso cérebro.

Com a exposição a um tipo de música, o comportamento humano pode se revelar de acordo com o som que entra pelos nossos ouvidos e começa a estimular movimentos, trazer memórias, por exemplo, como também despertar o desejo de adquirir um produto.

Isso porque a música é processada no nosso cérebro em forma de ondas sonoras. Ela vai do ouvido externo ao interno em direção ao tímpano, que passa a vibrar até chegar à cóclea, responsável pela função auditiva.

A partir do encontro da cóclea com as ondas sonoras, milhares de células liberam neurotransmissores químicos para ativar os nervos auditivos do cérebro. Isso gera as mais variadas sensações. É um processo indiscutivelmente fascinante. Vou explicar melhor.

A música age de forma poderosa em nosso cérebro. Ela pode melhorar o nosso humor quando escutamos um som que começa de forma mais lenta e com tom mais triste, mas que vai ganhando contornos mais alegres. Assim como pode aumentar a nossa disposição para realizar uma tarefa quando ouvimos uma canção mais animada.

Esse fenômeno contribui também para as nossas ações quando estamos dentro de uma loja. Se levarmos em consideração que a música ativa inúmeras áreas do nosso cérebro, por qual razão ela não seria capaz de influenciar o nosso comportamento como consumidor?

Vou falar mais sobre isso.

O comportamento do consumidor

Quatro elementos musicais explicam o impacto extraordinário que essa manifestação humana provoca no comportamento do consumidor. Quem nunca foi movido por uma batida musical e passou a agir de acordo com o ritmo dela?

Isso tem a ver com o tempo na música, que nada mais é do que o ritmo e a velocidade durante a execução de uma canção. Ele interfere na forma como nos comportamos ao ouvir a cadência ritmada, tornando os movimentos mais rápidos ou mais lentos de acordo com o ritmo da batida musical.

Trazendo o conceito para as compras, o ritmo da música pode acompanhar o consumidor durante a sua permanência em uma loja e impacta o humor, que será determinante na compra ou não de produtos.

No entanto, acertar em um ritmo musical contagiante não é o suficiente para ter o consumidor dentro da sua loja. Por quê? O volume do som pode influenciar o humor e irritar o cliente. Imagina estar em uma loja em que a música tocada está altíssima e o som ainda é barulhento? Por outro lado, uma música mais calma faz com que a nossa permanência na loja seja maior, então, pense bem no volume do som para proporcionar um ambiente agradável.

O modo musical também influencia o comportamento do consumidor de maneira significativa. Ou seja, como a escala de notas e a forma como ela se estrutura e se apresenta em termos de tons maiores ou menores. Ou em músicas lentas e tristes ou lentas e felizes.

O gênero musical

E o gênero musical é outro fator que contribui na maneira como o público se comporta. Talvez, seja a mais relevante. É de uma complexidade espetacular e pode ser jazz, pop, rock, country, bossa nova, reggae e englobar subgêneros, o que torna a música uma das artes mais ricas e únicas.

Consumidores podem gostar de vários deles ou apenas de um ou dois, como também podem ter comportamentos diversos influenciados pelo gênero que estão escutando.

Inclusive, você sabia que as lojas que costumam tocar música clássica impulsionam compras de produtos com preços mais elevados, como vinhos?

Mais uma vez é importante dizer que o perfil do consumidor pode contribuir para a criação da playlist capaz de provocar o seu desejo de compras e aumentar as vendas da loja.

E como a relação entre a música e o consumo se estabelece? Como a música aumenta vendas? A resposta está no modelo PAD.

Mas, como a música aumenta vendas?

Em 1974, os professores de psicologia Albert Mehrabian e James Russell utilizaram o método PAD (Pleasure, Activation, Dominance) para descrever e avaliar o papel da música no comportamento do consumidor através de três fatores: prazer, excitação e domínio.  

Assim, o prazer representa o sentimento do cliente, enquanto a excitação se relaciona ao nível de estímulo, alerta ou ativação do desejo de comprar um produto. O domínio, por sua vez, indica se o comprador se sente tomado pelo momento e livre para agir como quiser na mesma situação.

Partindo dessa premissa e pensando na música e no consumidor, o prazer seria o sentimento positivo que ela provoca no cliente. A excitação seria o estímulo para comprar. E o domínio faria o comprador pesquisar produtos e realizar compras.

Quando o cliente se sente confortável e à vontade em um ambiente em que a sonorização afeta positivamente o humor, ele passa a frequentar mais o espaço e interage mais facilmente com colaboradores.

Por isso, as lojas devem acompanhar o comportamento do consumidor e aproveitar todo o poder da música. Isso quer dizer tocar canções que combinem com o público-alvo e sejam capazes de provocar uma sensação de prazer, para assim, impulsionar o desejo de compras.

Por fim, é importante lembrar que o ritmo, volume, gênero e modo musical influenciam o comportamento humano. E isso inclui a nossa maneira de agir em um ambiente transformado pela música, como as lojas. 

Entender o poder da música e saber como ela se manifesta no cérebro é o caminho para garantir a presença do cliente dentro na loja. Além de criar mais chances de aumentar as vendas.

Escolha bem e renove sempre a sua playlist!